Scan barcode
fionnualalirsdottir's review against another edition
This was the final read in my McCullers' season. It kind of suffered in my mind from being read after her other novels which were like one continuous tale of a dusty town full of broken-hearted people. This one didn't seem to be part of that long tale which I'd loved so much—though it contains plenty of hearts to be broken—and plenty of other aspects to make it well worth reading.
rjstellar's review against another edition
dark
emotional
sad
tense
fast-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? It's complicated
- Diverse cast of characters? Yes
- Flaws of characters a main focus? Yes
3.75
fangirl325's review against another edition
challenging
dark
mysterious
tense
slow-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? No
- Loveable characters? No
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? Yes
mchapmansydney's review against another edition
5.0
A book full of weird people doing weird things, little acts of violence; mental, spiritual, physical, peppered, with blindingly straightforward observance through this odd little book. I’ve missed McCullers and the way she cares about the deeply imperfect, simple and strange people, it’s looking at the real life that you don’t usually get to see, but without any sort of gawking, just with empathy and dignity, even in the face of outright insanity and tragedy. Insane that this was published in 1941.
jesustrespalacios's review against another edition
4.0
“Él soldado esperó, pero el capitán no siguió hablando. Había pensado reprender al soldado por una falta al reglamento concerniente al uniforme. Al acercarse, le había parecido que el soldado llevaba mal abotonado el abrigo. A primera vista, el soldado daba la impresión de ir uniformado sólo a medias, o de haber descuidado alguna parte esencial de su atuendo. Pero cuando se encontró frente a él, el capitán vio que no había nada que reprocharle. La impresión que daba el soldado de ir de civil o mal vestido se debía a su mismo cuerpo y no a una falta especial a las reglas militares. El capitán se encontró de nuevo mudo y cortado delante de aquel muchacho. En su corazón se atropellaban los insultos más salvajes, palabras de amor, súplicas, juramentos. Pero al fin se volvió y se alejó sin haber dicho una palabra”
ktrain3900's review against another edition
challenging
dark
emotional
mysterious
sad
tense
medium-paced
- Plot- or character-driven? A mix
- Strong character development? It's complicated
- Loveable characters? No
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? Yes
3.75
Strange. Succinct. Brutal. Raw. There are six characters to whom we're introduced. None would you want for a friend, nor would they want you, except perhaps in the most superficial way. There is a balance of internal morass and dialectic against external duties and social mores that drives both tale and characters to the climax. It feels inevitable (in fact in a few places characters note the sureness they will soon die) but nothing here is a given or a surety. The writing is stunningly controlled, although occasionally reliant on a dated racism of both time and place that may make the concise novel a slog or an impossibility for some readers.
Moderate: Racism
Minor: Animal cruelty, Child death, Racial slurs, and Stalking
csavering's review against another edition
challenging
mysterious
reflective
slow-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? No
- Diverse cast of characters? Yes
- Flaws of characters a main focus? Yes
3.25
A compelling curiosity, but not much to get emotionally attached to. Such a strange, languid group of people, the only one you really end up feeling for is the horse.
katya_m's review against another edition
"Considerava de modo particular os três fundamentos da existência: a própria vida, o sexo e a morte. Sexualmente, movia-se num delicado equilíbrio entre os elementos masculino e feminino, com as susceptibilidades de ambos e sem os poderes activos de nenhum deles. (...)
Nas suas relações com os outros dois fundamentos, a sua posição apresentava-se muito simples. No equilibrio entre esses dois instintos em direcção à vida e em direcção à morte a balança pesava fortemente para o último. Por tal motivo o capitão era cobarde."
Ler Carson McCullers é rendermo-nos à intensidade (e imensidade) da solidão, ao desespero dos amores não correspondidos, ao absurdo dos nossos sentimentos. É tudo isto, sim, mas muito, e muito mais: a ternura que a autora coloca nas relações humanas - embora muitas vezes patéticas - engrandece a tragédia que é inevitável; e o romantismo que lhe é latente (e a muitos/as sulistas) faz-me, não raras vezes, duvidar se esse movimento emanou verdadeiramente da Europa oitocentista - onde é, repetidamente (não sempre!), desenxabido, mole e pouco sincero - ou se verdadeiramente se deve a estes/as autores/as modernos que o revestem de um gótico mais puro, mais cruel, mais próximo da terra e do coração dos homens.
Reflexos Nuns Olhos De Oiro, como os demais títulos que li da autora, assenta nos elementos simbólicos góticos que são escolhidos como ferramentas por excelência para entender a história das paixões frustradas, dos sentimentos reprimidos, do travestismo dos personagens que figuram no romance:
"Leonora Penderton não temia os homens, nem os animais, nem o Diabo. Quanto a Deus, jamais o conhecera. Ouvindo mencionar o nome do Senhor, pensava apenas no pai, que em certas tardes de domingo costumava ler a Bíblia. Desse livro sabia duas coisas: que Jesus fora crucificado num lugar a que chamavam Calvário e que Ele se deslocara, algures, em cima de um jumento. Que espécie de pessoa podia ser quem viajava de burro?"
E Carson , que é já uma escritora contida nesta altura, continua precisa nas caracterizações e exata na elaboração de cenas com o objetivo de maximizar o seu impacto, criando tensão dramática exatamente onde esta faz falta. Para isso recorre ao grotesco, à tragicomédia, e a personagens singularmente isolados e amorosamente exasperados. Essa é a história de Reflexos Nuns Olhos De Oiro, claro.
"Há momentos em que a necessidade mais premente de um homem é ter um objecto de amor, um foco em que centralize as suas comoções difusas. E há também ocasiões em que a irritação, o medo da vida, as desilusões, tudo isso, inquieto como espermatozóides, precisa de achar uma saída no ódio. O pobre do capitão não via ninguém a quem odiar e era as sim, há meses, o mais infeliz dos mortais."
Graças ao eterno desespero provocado pela frustração amorosa que assola a humanidade - segundo a visão de McCullers - as vidas de "dois oficiais, um soldado, duas mulheres, um filipino e um cavalo" mudarão para sempre. Pelo meio, os temas de sadomasoquismo, exibicionismo ou voyeurismo são ampla e honestamente abordados, sem julgamento: Carson não dedica este romance ao amor, mas à sexualidade. E por isso mesmo, raras vezes os personagens expressam qualquer maturação dos seus sentimentos ou desejos, toda a narrativa é focada nas sensações corporais, direcionada para a expressão do desejo sexual e o isolamento metafísico.
"No espírito fervilhavam-lhe planos diabólicos para se vingar do soldado. No íntimo bem sabia que esse ódio, apaixonado como o amor, o não largaria mais durante o resto da sua existência."
A sua capacidade de fazer um relato exato da morbidez da paixão, da obsessão e dos impulsos amorosos, sem recorrer ao exagero e à frieza, fazem desta autora uma das minhas referências.
"A própria casa irritava o capitão com a sua mobília vulgar: na sala havia o imprescindível sofá de repes, duas poltronas, tapete de um vermelho berrante e papeleira antiga, tudo rescendendo a banalidade. As cortinas de renda não primavam pela limpeza, e em cima da prateleira do fogão viam-se várias quinquilharias - um cortejo de elefantinhos de marfim, um par de candelabros (aliás, bonitos) de ferro forjado, uma estatueta pintada (que representava um preto a trincar uma talhada de melancia) e uma taça mexicana de vidro azul, na qual Leonora conservava velhos bilhetes de visita. Todos os móveis estavam um tanto desconjuntados, devido às mudanças frequentes. A acumulação de coisas, a frivolidade feminina de que tudo aquilo se revestia exasperavam ao máximo o capitão. Com secreto sentimento de inveja, pensava ele no quartel, vendo em imaginação os leitos de campanha simples e alinhados, o chão nu, as janelas severas, sem cortinas. A um canto desse dormitório fantasiado, ascético e austero, avultava (não se sabe porquê) um baú antigo, esculpido, com fechos de latão."
Nas suas relações com os outros dois fundamentos, a sua posição apresentava-se muito simples. No equilibrio entre esses dois instintos em direcção à vida e em direcção à morte a balança pesava fortemente para o último. Por tal motivo o capitão era cobarde."
Ler Carson McCullers é rendermo-nos à intensidade (e imensidade) da solidão, ao desespero dos amores não correspondidos, ao absurdo dos nossos sentimentos. É tudo isto, sim, mas muito, e muito mais: a ternura que a autora coloca nas relações humanas - embora muitas vezes patéticas - engrandece a tragédia que é inevitável; e o romantismo que lhe é latente (e a muitos/as sulistas) faz-me, não raras vezes, duvidar se esse movimento emanou verdadeiramente da Europa oitocentista - onde é, repetidamente (não sempre!), desenxabido, mole e pouco sincero - ou se verdadeiramente se deve a estes/as autores/as modernos que o revestem de um gótico mais puro, mais cruel, mais próximo da terra e do coração dos homens.
Reflexos Nuns Olhos De Oiro, como os demais títulos que li da autora, assenta nos elementos simbólicos góticos que são escolhidos como ferramentas por excelência para entender a história das paixões frustradas, dos sentimentos reprimidos, do travestismo dos personagens que figuram no romance:
"Leonora Penderton não temia os homens, nem os animais, nem o Diabo. Quanto a Deus, jamais o conhecera. Ouvindo mencionar o nome do Senhor, pensava apenas no pai, que em certas tardes de domingo costumava ler a Bíblia. Desse livro sabia duas coisas: que Jesus fora crucificado num lugar a que chamavam Calvário e que Ele se deslocara, algures, em cima de um jumento. Que espécie de pessoa podia ser quem viajava de burro?"
E Carson , que é já uma escritora contida nesta altura, continua precisa nas caracterizações e exata na elaboração de cenas com o objetivo de maximizar o seu impacto, criando tensão dramática exatamente onde esta faz falta. Para isso recorre ao grotesco, à tragicomédia, e a personagens singularmente isolados e amorosamente exasperados. Essa é a história de Reflexos Nuns Olhos De Oiro, claro.
"Há momentos em que a necessidade mais premente de um homem é ter um objecto de amor, um foco em que centralize as suas comoções difusas. E há também ocasiões em que a irritação, o medo da vida, as desilusões, tudo isso, inquieto como espermatozóides, precisa de achar uma saída no ódio. O pobre do capitão não via ninguém a quem odiar e era as sim, há meses, o mais infeliz dos mortais."
Graças ao eterno desespero provocado pela frustração amorosa que assola a humanidade - segundo a visão de McCullers - as vidas de "dois oficiais, um soldado, duas mulheres, um filipino e um cavalo" mudarão para sempre. Pelo meio, os temas de sadomasoquismo, exibicionismo ou voyeurismo são ampla e honestamente abordados, sem julgamento: Carson não dedica este romance ao amor, mas à sexualidade. E por isso mesmo, raras vezes os personagens expressam qualquer maturação dos seus sentimentos ou desejos, toda a narrativa é focada nas sensações corporais, direcionada para a expressão do desejo sexual e o isolamento metafísico.
"No espírito fervilhavam-lhe planos diabólicos para se vingar do soldado. No íntimo bem sabia que esse ódio, apaixonado como o amor, o não largaria mais durante o resto da sua existência."
A sua capacidade de fazer um relato exato da morbidez da paixão, da obsessão e dos impulsos amorosos, sem recorrer ao exagero e à frieza, fazem desta autora uma das minhas referências.
"A própria casa irritava o capitão com a sua mobília vulgar: na sala havia o imprescindível sofá de repes, duas poltronas, tapete de um vermelho berrante e papeleira antiga, tudo rescendendo a banalidade. As cortinas de renda não primavam pela limpeza, e em cima da prateleira do fogão viam-se várias quinquilharias - um cortejo de elefantinhos de marfim, um par de candelabros (aliás, bonitos) de ferro forjado, uma estatueta pintada (que representava um preto a trincar uma talhada de melancia) e uma taça mexicana de vidro azul, na qual Leonora conservava velhos bilhetes de visita. Todos os móveis estavam um tanto desconjuntados, devido às mudanças frequentes. A acumulação de coisas, a frivolidade feminina de que tudo aquilo se revestia exasperavam ao máximo o capitão. Com secreto sentimento de inveja, pensava ele no quartel, vendo em imaginação os leitos de campanha simples e alinhados, o chão nu, as janelas severas, sem cortinas. A um canto desse dormitório fantasiado, ascético e austero, avultava (não se sabe porquê) um baú antigo, esculpido, com fechos de latão."
jvmpbvndles's review against another edition
dark
funny
mysterious
slow-paced
- Plot- or character-driven? A mix
- Strong character development? No
- Loveable characters? It's complicated
- Diverse cast of characters? Yes
- Flaws of characters a main focus? Yes
3.75