This is my favorite book ever (this was probably the eighth or ninth time I've read it). The details are fantastic. The whole story depends largely on coincidence, but it never feels contrived.

Six days ago, a man blew himself up by the side of a road in northern Wisconsin.

That’s how Paul Auster starts his narration of the life, tragedy and death of his fictional best friend Ben Sachs. It is a story about friendship, loyalty, authorship, betrayal, art, tragedies, coincidences and self-sufficiency. My favorite Auster-book so far.

I always take novels seriously.

11: Leviathan by Paul Auster

On a mission to read some Paul Auster works I'd previously missed, this one came up as next.

It's a deep and thoughtful read, the story of two writerly men, Peter Aaron and Benjamin Sachs, who meet a bit by happenstance in New York and hit it off. It's a snowy day, and the reading event they were scheduled to share has been canceled but neither of them apprised (1992 publication...no cell phones, email, instant communication) of that. So they sit down and have a drink, which leads to several, and they seize the opportunity to converse and get to know each other, the start of a beautiful friendship.

They become good, supportive, steady and constant friends for several years to come, going together through a number of ups and downs, relationships with others starting and ending, the two of them there for each other through it all.

Some other players weave into and through their lives and friendship, creating different kinds of strain. One appears to have the ideal marriage, envied by the other. And then the truth of that marriage that it isn't so ideal. On they go for each other.

And then an accident compels the one to spiral in ways that the other cannot ultimately help. And then the focus becomes his recovery and improvement. But things are never quite the same; spirals ensue.

It's a deep and philosophical study of friendship and uniquely between two men.

Paul Auster is the master of that kind of emotional depth and its storytelling.

About a man who blows himself up and his life is recounted by his best friend. Thought the writing was good, but felt like the ending was quite rushed, with a lot of explanation really quickly.

Auster's writing style is unique; there are few authors I find so satisfying to read!

One of my favorites by Paul Auster, in part, because of its inclusion of Sophie Calle.

Mixed reaction; I felt interested almost in spite of myself.

Um dos maiores problemas de consumir muitas histórias num meio — seja literatura, cinema ou jogos — é que começamos a ver as estruturas narrativas na nossa frente enquanto devíamos estar plenamente absorvidos pelo mundo e personagens das histórias. Diga-se que isso é mais evidente quando a história é mediana, mas a estrutura é muito boa, investindo nós mais tempo na apreciação do invólucro do que no conteúdo. Esse é o caso de “Leviathan” (1992), em que Auster embrulha múltiplas personagens numa trama de bombas para nos manter agarrados ao longo da descida em espiral pelo interior do personagem que narra a história, que é também escritor e serve perfeitamente de alter-ego a autor.

O livro abre com uma morte por explosão, da qual quase nada resta para identificar o corpo, daí somos levados por uma história que atravessa 15 anos de um mundo e uns EUA em convulsão — meio dos anos 1970 até ao início dos anos 1990 — para descobrir quem e porque explodiu essa pessoa. Auster dá-nos a ver de perto quase uma dezena de personagens que se vão entrelaçando e abrindo umas às outras por meio de pontas soltas, mentiras, e também muitas coincidências. O thriller parece ser a base, mas Auster não desiste de ser romance e por isso ora se aprofunda a psicologia dos personagens, ora se faz mover todo o mundo em alta velocidade por meio de eventos inesperados, tais como acidentes, mortes e mais coincidências. Temos direito a algumas cenas mais quentes, para adocicar os momentos que menos concorrem por atenção, mas diga-se, muito menos interessantes do que a castidade moral encenada no interior dos dois principais personagens masculinos, tal como a contraposição com a libertinagem das personagens femininas.

Do Leviatã fica-se na dúvida, ou talvez não, se Auster se refere ao interior que nos consome a todos, sem sabermos porquê, nem como, ou se é menos figurativo e mais ilustrativo, ficando-se pela insanidade que consome apenas aqueles que se deixam cair nas suas malhas, e se deixam levar por histórias — ideologias políticas — que passam a controlar todos os seus passos. Não tendo sentido a história de modo suficientemente intenso, acabei não sentindo a necessidade de atribuir um significado concreto ao texto e isso talvez tenha acabado por determinar um certo dissabor que senti ao chegar ao fim. Reconhecendo a excelência estrutural, e até mesmo a criação de universo ficcional, faltou-me história, faltou-me empatia.

Estrelas: 3.5
Publicado no VI: https://virtual-illusion.blogspot.com/2020/02/leviathan-de-auster.html