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A review by fevi
Longe da Árvore: pais, filhos e a busca da identidade by Andrew Solomon
5.0
Longa da Árvore é um livro sensacional. É uma obra sensível e extremamente necessária para pessoas que não convivem com grandes diferenças ao longo da vida. Se eu pudesse resumir esse livro em poucas palavras diria que ele é uma viagem sobre empatia e a aceitação da não norma.
O livro é uma imersão nas diferenças que filhos possuem em relação aos pais que são vistos pelo mundo como pessoas "normais". Nós vemos o sofrimento, a luta, as alegrias, as tristezas, a força e muitos outros sentimentos, até mesmo negativos, de mães e pais em relação aos seus rebentos. É narrado episódios em pais não conseguiram aguentar as diferenças e acabaram abandonando e até mesmo matando os próprios filhos.
Andrew Solomon, o autor do livro, falou sobre vários grupos de pessoas com características bem marcantes e que diferem de forma significativa do que ainda é considerado padrão pela sociedade. Os personagens eram pais de surdos, anões, pessoas com síndrome de down, autistas, esquizofrênicos, deficientes de uma forma geral, prodígios (pessoas dotadas), filhos provenientes de estupro, filhos que cometeram crimes e transgêneros. O autor ainda fazia paralelo da sua relação com os próprios pais por um homem gay.
O livro bate muito na questão da moral e da ética. O que deve ser feito? Abortar, abandonar ou matar um filho por ele ser diferente da mãe e do pai é certo ou errado? Quais são as soluções para isso? Os sofrimentos dos filhos como proceder em relação a isso? E os sofrimentos dos pais? Você se pega pensando muito nesses assuntos. Em vários momentos se acha no poder de dizer que isso ou aquilo deve ser feito. Ou que resolveria de tal forma. No entanto, se você nunca presenciou situação parecida ou igual fica difícil de opinar. Mas sempre é necessário pensar nos direitos humanos. No que é melhor para aqueles que não vivem junto a norma.
Ao ler Longe da Árvore você percebe a quantidade de pessoas oportunistas há no mundo. E o modo como elas tratam o sofrimento dos outros. O quanto a industria farmacêutica e empresas nem sempre pensam no bem do paciente. Da mesma forma que há médicos e psicólogos despreparados para cuidar de pessoas. Além de como a religião pode ser a solução ou mesmo a destruição de uma família.
Não tem como você ler esse livro e não se sentir de alguma forma tocado. É um livro sobre a humanidade e as suas diferentes formas. Apesar de tanto sofrimento, desorientação e também um livro sobre amor e aceitação. Sobre ver a alegria na tragédia como o próprio autor diz. Para quem lê e nunca viveu alguma situação próxima a essa é meio que sair da sua bolha e adquirir um grande aprendizado. Foi realmente isso que senti. Essa leitura me acrescentou muito conhecimento e me fez questionar inúmeros pensamentos. Tirou-me da zona de conforto mostrando outras realidades que eu nem ao menos sabia que existia. Isso é extremamente gratificante.
Longe da Árvore me atraiu por causa do título e porque eu sentia/sinto diferente e longe das pessoas de quem eu vim, mas me conquistou por trazer muito mais daquilo que eu poderia imaginar. O livro tem alguns defeitos, mas que o autor deixa claro em algumas partes do livro. Gostaria de ver algo dividido de forma mais racial e social. Aparecem pessoas negras e de outras etnias minoritárias, mas a grande maioria são de pessoas brancas e ricas. Isso nos traz uma apenas um panorama da situação que pode ser ainda mais agravante. Infelizmente pude perceber que as minorias étnicas (negros e latinos) aparecem com mais presença em capítulos que tratam de estupros e crimes. Mesmo assim não tiro a importância desse livro e gostaria que algo desse tipo fosse feito no Brasil.
Nesse período de mais de um ano lendo esse livro pude perceber o quanto cresci e aprendi. Espero poder fazer a diferença na sociedade com o que vi aqui. O mais importante é começar a respeitar as pessoas do jeito que elas são sem querer curá-las de algo que não precisa ser curado. É importante aprender a entender a lógica das mães e dos pais sem sair julgando por aí. É preciso manter a dignidade do ser humano acima de tudo.
Sem sombra de dúvidas recomendo a leitura.
O livro é uma imersão nas diferenças que filhos possuem em relação aos pais que são vistos pelo mundo como pessoas "normais". Nós vemos o sofrimento, a luta, as alegrias, as tristezas, a força e muitos outros sentimentos, até mesmo negativos, de mães e pais em relação aos seus rebentos. É narrado episódios em pais não conseguiram aguentar as diferenças e acabaram abandonando e até mesmo matando os próprios filhos.
Andrew Solomon, o autor do livro, falou sobre vários grupos de pessoas com características bem marcantes e que diferem de forma significativa do que ainda é considerado padrão pela sociedade. Os personagens eram pais de surdos, anões, pessoas com síndrome de down, autistas, esquizofrênicos, deficientes de uma forma geral, prodígios (pessoas dotadas), filhos provenientes de estupro, filhos que cometeram crimes e transgêneros. O autor ainda fazia paralelo da sua relação com os próprios pais por um homem gay.
O livro bate muito na questão da moral e da ética. O que deve ser feito? Abortar, abandonar ou matar um filho por ele ser diferente da mãe e do pai é certo ou errado? Quais são as soluções para isso? Os sofrimentos dos filhos como proceder em relação a isso? E os sofrimentos dos pais? Você se pega pensando muito nesses assuntos. Em vários momentos se acha no poder de dizer que isso ou aquilo deve ser feito. Ou que resolveria de tal forma. No entanto, se você nunca presenciou situação parecida ou igual fica difícil de opinar. Mas sempre é necessário pensar nos direitos humanos. No que é melhor para aqueles que não vivem junto a norma.
Ao ler Longe da Árvore você percebe a quantidade de pessoas oportunistas há no mundo. E o modo como elas tratam o sofrimento dos outros. O quanto a industria farmacêutica e empresas nem sempre pensam no bem do paciente. Da mesma forma que há médicos e psicólogos despreparados para cuidar de pessoas. Além de como a religião pode ser a solução ou mesmo a destruição de uma família.
Não tem como você ler esse livro e não se sentir de alguma forma tocado. É um livro sobre a humanidade e as suas diferentes formas. Apesar de tanto sofrimento, desorientação e também um livro sobre amor e aceitação. Sobre ver a alegria na tragédia como o próprio autor diz. Para quem lê e nunca viveu alguma situação próxima a essa é meio que sair da sua bolha e adquirir um grande aprendizado. Foi realmente isso que senti. Essa leitura me acrescentou muito conhecimento e me fez questionar inúmeros pensamentos. Tirou-me da zona de conforto mostrando outras realidades que eu nem ao menos sabia que existia. Isso é extremamente gratificante.
Longe da Árvore me atraiu por causa do título e porque eu sentia/sinto diferente e longe das pessoas de quem eu vim, mas me conquistou por trazer muito mais daquilo que eu poderia imaginar. O livro tem alguns defeitos, mas que o autor deixa claro em algumas partes do livro. Gostaria de ver algo dividido de forma mais racial e social. Aparecem pessoas negras e de outras etnias minoritárias, mas a grande maioria são de pessoas brancas e ricas. Isso nos traz uma apenas um panorama da situação que pode ser ainda mais agravante. Infelizmente pude perceber que as minorias étnicas (negros e latinos) aparecem com mais presença em capítulos que tratam de estupros e crimes. Mesmo assim não tiro a importância desse livro e gostaria que algo desse tipo fosse feito no Brasil.
Nesse período de mais de um ano lendo esse livro pude perceber o quanto cresci e aprendi. Espero poder fazer a diferença na sociedade com o que vi aqui. O mais importante é começar a respeitar as pessoas do jeito que elas são sem querer curá-las de algo que não precisa ser curado. É importante aprender a entender a lógica das mães e dos pais sem sair julgando por aí. É preciso manter a dignidade do ser humano acima de tudo.
Sem sombra de dúvidas recomendo a leitura.