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A review by anacatnascimento
The Virgin Blue by Tracy Chevalier
1.0
Este é mais um daqueles livros que tenta (e falha) ligar o passado com o presente. Previsivelmente, porque há centenas de histórias do mesmo género, esta conta como duas mulheres, separadas por mais de 3 séculos, têm uma ligação tão profunda entre elas e com a Virgem Maria (!!! nem vou por aqui, a sério) que atravessa e sobrevive ao tempo e ao espaço.
É literalmente a coisa mais ridícula que li nos últimos tempos. E não, nem sequer é pelo tema religioso que, no final, acaba por ser o mais interessante. Eu, pessoalmente, não sabia o que eram Huguenots (Protestantes, basicamente) e fiquei a conhecer um pouco mais dessa parte da história de França. Mas mesmo dentro do âmbito histórico, este livro é mau. Não aprofunda nada, só menciona e passa ao de leve por cima dos temas, fica sempre a saber a pouco.
E o plot? Num momento é um romance, com direito a triângulo amoroso básico e mal amanhado, noutro momento é magic realism, com sonhos premonitórios, um tom de azul inexplicável, feelings tipo sexto sentido, e recitações de orações em francês do século dezoito enquanto se está inconsciente. Quando não estamos perante isto, esperam-nos eternas descrições dos Alpes ou de pequenas vilas francesas, e uma narrativa esquizofrénica, em que há uma tentativa de criar um fio condutor que não é minimamente bem concretizada. Nada faz grande sentido, parece que estamos perante um enorme puzzle que temos de completar mas, para isso, só nos deram peças de outros puzzles. O final é abismal e não vale a pena falarmos mais sobre o assunto.
Em suma, The Virgin Blue é o último livro que recomendaria a alguém - incluindo os meus inimigos.
É literalmente a coisa mais ridícula que li nos últimos tempos. E não, nem sequer é pelo tema religioso que, no final, acaba por ser o mais interessante. Eu, pessoalmente, não sabia o que eram Huguenots (Protestantes, basicamente) e fiquei a conhecer um pouco mais dessa parte da história de França. Mas mesmo dentro do âmbito histórico, este livro é mau. Não aprofunda nada, só menciona e passa ao de leve por cima dos temas, fica sempre a saber a pouco.
E o plot? Num momento é um romance, com direito a triângulo amoroso básico e mal amanhado, noutro momento é magic realism, com sonhos premonitórios, um tom de azul inexplicável, feelings tipo sexto sentido, e recitações de orações em francês do século dezoito enquanto se está inconsciente. Quando não estamos perante isto, esperam-nos eternas descrições dos Alpes ou de pequenas vilas francesas, e uma narrativa esquizofrénica, em que há uma tentativa de criar um fio condutor que não é minimamente bem concretizada. Nada faz grande sentido, parece que estamos perante um enorme puzzle que temos de completar mas, para isso, só nos deram peças de outros puzzles. O final é abismal e não vale a pena falarmos mais sobre o assunto.
Em suma, The Virgin Blue é o último livro que recomendaria a alguém - incluindo os meus inimigos.