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A review by andresposito
Rei Lear by William Shakespeare
4.0
O enredo de Rei Lear trata de uma dupla traição. De um lado, Lear trai sua filha Cornélia em prol das outras duas filhas, pois elas se adequam melhor ao mundo de aparências que Lear espera de seus herdeiros, punindo Cornélia pela sua honestidade. De outro lado, o bastardo Edmund trama a queda de seu irmão Edgar perante o pai para que possa ser o único herdeiro de Gloucester.
Pois Shakespeare não perdoa ninguém. Ambos, Lear e Gloucester, vão sofrer imensamente pelas decisões que tomaram ao privilegiar os filhos errados. Rei Lear é uma espécie de guia do que não fazer para manter um reino coeso. Ótima história, mas não atinge o nível das tragédias de Othello, Macbeth ou Hamlet (na minha opinião).
"Eis a suprema imbecilidade do mundo; que, sempre que nossa boa sorte contrai algum achaque — não raro pela gula de nossa conduta —, culpamos pelos nossos desastres o Sol, a Lua e as estrelas, como se fôssemos vilões por necessidade, parvos por compulsão celeste, patifes, larápios e traidores por predominância astral; beberrões, embusteiros e adúlteros por uma forçada obediência aos influxos planetários, e, pior, pérfidos por alguma imposição divina."
Pois Shakespeare não perdoa ninguém. Ambos, Lear e Gloucester, vão sofrer imensamente pelas decisões que tomaram ao privilegiar os filhos errados. Rei Lear é uma espécie de guia do que não fazer para manter um reino coeso. Ótima história, mas não atinge o nível das tragédias de Othello, Macbeth ou Hamlet (na minha opinião).
"Eis a suprema imbecilidade do mundo; que, sempre que nossa boa sorte contrai algum achaque — não raro pela gula de nossa conduta —, culpamos pelos nossos desastres o Sol, a Lua e as estrelas, como se fôssemos vilões por necessidade, parvos por compulsão celeste, patifes, larápios e traidores por predominância astral; beberrões, embusteiros e adúlteros por uma forçada obediência aos influxos planetários, e, pior, pérfidos por alguma imposição divina."