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A review by i_llumi
A Falência by Júlia Lopes de Almeida
emotional
reflective
tense
fast-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? Yes
- Flaws of characters a main focus? Yes
5.0
Acho que como esse livro agora está na lista das leituras obrigatórias para o vestibular da Unicamp, ele vai ganhar um pouco mais de popularidade (uma porcentagem minúscula do que ele realmente merece).
Primeiro, o tema: o papel das mulheres em uma sociedade hipócrita, machista e patriarcal pra caralho. *Note: ele foi publicado em 1901.*
Segundo: as personagens. A priori, o protagonista aparenta ser o FranCISco Teodoro, o homem macho alfa heterotop conservador, o equivalente a um Bolsominion de hoje. Mas NÃO! O número de páginas sobre ele (e os negócios totalmente not stonks dele) devem ser menos que 10. O livro foca muito mais nas mulheres, um fenômeno recorrente em distopia YA, mas quase nunca em clássicos, especialmente brasileiros.
É cada mulher MARAVILHOSA que tem nesse livro. Cara. Sem tempo pra ficar falando de café com tanta deusa grega em um livro de 300 páginas.
Sim!! Um clássico onde não somos tratadas como apenas objetos, sem nenhuma dimensão! Uma obra onde não somos apenas a esposa, a irmã, a criada, a mãe, a filha de alguém, mas alguém! Que conceito, não é mesmo.
As minas são FODAS. Cada uma delas, sem excessão. Cada uma delas, do seu próprio jeito, porque todo mundo é diferente. (pasmem: isso inclui mulheres)
A Catarina, destruindo o patriarcado.
A Ruth, tacando o fodase pro casamento porque ela gosta mesmo é de estudar astronomia e tocar violino, porque ela, diferente do irmão, tem neurônios e sabe usá-los muito bem.
A Nina, que sofre tanto, tanto, e é mais forte do que qualquer homem ali.
A Noca, que é basicamente uma bruxa.
E é claro, a Camila, que depois de tanto chorar e sofrer por macho, percebe que homem não presta, e sustenta a família toda sozinha, em pleno ano de 1891.
icones achei
Terceiro : o “arc” de cada personagem. Os lugares e situações que a autora leva cada personagem é completamente imprevisível. Personagens que parecem triviais, ou até mesmo figurantes, têm espaço no livro para serem desenvolvidos de forma magnífica.
Por exemplo: o laço entre irmãos. (termo que livros YA nunca nem ouviram falar né, pq, irmaos??? = inimigos) Eu realmente NÃO esperava por isso, que mesmo sendo algo tão importante e real, ser sequer citado em um clássico.
Temos também o questionamento da religião!!! 1901. Mano, como assim. Como. Assim. Era 1901 e a mina tava desafiando a igreja católica.
enfim
leiam a falência pra sambar na cara do corretor do vestibular
Primeiro, o tema: o papel das mulheres em uma sociedade hipócrita, machista e patriarcal pra caralho. *Note: ele foi publicado em 1901.*
Segundo: as personagens. A priori, o protagonista aparenta ser o FranCISco Teodoro, o homem macho alfa heterotop conservador, o equivalente a um Bolsominion de hoje. Mas NÃO! O número de páginas sobre ele (e os negócios totalmente not stonks dele) devem ser menos que 10. O livro foca muito mais nas mulheres, um fenômeno recorrente em distopia YA, mas quase nunca em clássicos, especialmente brasileiros.
É cada mulher MARAVILHOSA que tem nesse livro. Cara. Sem tempo pra ficar falando de café com tanta deusa grega em um livro de 300 páginas.
Sim!! Um clássico onde não somos tratadas como apenas objetos, sem nenhuma dimensão! Uma obra onde não somos apenas a esposa, a irmã, a criada, a mãe, a filha de alguém, mas alguém! Que conceito, não é mesmo.
As minas são FODAS. Cada uma delas, sem excessão. Cada uma delas, do seu próprio jeito, porque todo mundo é diferente. (pasmem: isso inclui mulheres)
A Catarina, destruindo o patriarcado.
A Ruth, tacando o fodase pro casamento porque ela gosta mesmo é de estudar astronomia e tocar violino, porque ela, diferente do irmão, tem neurônios e sabe usá-los muito bem.
A Nina, que sofre tanto, tanto, e é mais forte do que qualquer homem ali.
A Noca, que é basicamente uma bruxa.
E é claro, a Camila, que depois de tanto chorar e sofrer por macho, percebe que homem não presta, e sustenta a família toda sozinha, em pleno ano de 1891.
icones achei
Terceiro : o “arc” de cada personagem. Os lugares e situações que a autora leva cada personagem é completamente imprevisível. Personagens que parecem triviais, ou até mesmo figurantes, têm espaço no livro para serem desenvolvidos de forma magnífica.
Por exemplo: o laço entre irmãos. (termo que livros YA nunca nem ouviram falar né, pq, irmaos??? = inimigos) Eu realmente NÃO esperava por isso, que mesmo sendo algo tão importante e real, ser sequer citado em um clássico.
Temos também o questionamento da religião!!! 1901. Mano, como assim. Como. Assim. Era 1901 e a mina tava desafiando a igreja católica.
enfim
leiam a falência pra sambar na cara do corretor do vestibular